sábado, março 24
Babilônia
Poucas civilizações da Antiguidade foram tão adeptas das artes mágicas como a antiga Babilônia. A crença na existência de entidades em outros planos, tais como demônios, gênios, deuses etc., era completamente aceita pela população. Particularmente a demonologia tinha um lugar central na vida cotidiana dos babilônios. Muito influenciados pelas idéias sumérias, os babilônios reconheciam verdadeiros exércitos organizados de demônios, divididos em muitas classes, tais como os demônios do campo (que tinham formas animalescas). Os campos agrícolas eram delimitados por muros e montes de pedra, sobre os quais eram colocadas figuras demoníacas para a proteção da agricultura. Os babilônios tinham muitas formas para proteger-se contra a influência de demônios maléficos. Por exemplo, colocavam na entrada das casas ccertas plantas consideradas mágicas, como o aloé (babosa) e os cactos; usavam anéis, jóias e amuletos contendo textos sagrados; procuravam a ajuda de médicos-feiticeiros, que conheciam a arte do exorcismo. Para desempenhar sua função a contento, esses especialistas tinham que sperar o momento astrológico favorável e, para isso, impunha-se um sólido conhecimento astrológico. Em seguida, o exorcista chamava os vários demônios pelos seus nomes, esperando acertar um deles. Segundo a crença, quem conhecesse o nome do demônio teria poder sobre ele. Localizado o demônio que infestava tal casa ou tal pessoa, o feiticeiro invocava a seguir um deus poderoso, pois os demônios estavam sujeitos ao poder de um deus particular. O mais poderoso dos deuses, Ea, era também conhecido como “Senhor do Encantamento”. O próximo passo era transferir o demônio para o corpo de um animal, que depois era sacrificado. O sacerdote também podia, caso suspeitasse que o problema era causado pela ação de um outro bruxo ou bruxa, queimar ou destruir uma figura ou boneca representando o rival. Em suas operações mágicas, recorria a materiais tais como pêlos de animais, penas, dentes e ossos, plantas, diversos tipos de excrementos, etc. Segundo a crença, o exorcismo era necessário para afastar a doença, pois esta era sempre o produto da presença ou da ação de demônios.
Rabiscado por † Bakana † ás 9:16 PM