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Nome: Bakana
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domingo, setembro 17

Bruxaria: uma história de perseguições
No
intuito de tornar a religião cristã uma
religião universal e ampliar o poder da Igreja por
interesses puramente econômicos, começaram as
perseguições aos adeptos da antiga
religião, culminando com tortura e morte de muitos
inocentes. A sociedade começou a se fundamentar em um
alicerce cristão, porém deturpado por interesses
diversos, sendo criada a carta "Maleus Malleficarum" (O Martelo das
Bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma
pessoa como "bruxo", e quem fosse considerado tal, seria condenado. O
simples ato de se despir para se banhar em um lago isolado, um simples
olhar de um rapaz "flertando" com uma moça ou de usar ervas
(infusões, chás) para o tratamento de
enfermidades, eram suficientes para acusar uma pessoa de bruxaria... Esta
era foi conhecida como Era das Fogueiras, quando os acusados (sempre
confessos mediante tortura) eram freqüentemente queimados
vivos em praça pública. Isto serviu de exemplo
para os que ainda não eram convertidos ao cristianismo.Muitos
anos após, alguns grupos praticantes da Antiga
Religião com prestígio dentro da sociedade
despertaram sua consciência com as
perseguições e começaram a tomar
certas atitudes, influenciando altos juizes em várias
porções da Europa. São
vários os fatos que contribuiram para o fim das
perseguições. Vejamos uma breve cronologia:Início
do Século IX: Difundiu-se uma crença popular que
feiticeiros e bruxos malignos existiam. Eram vistos como pessoas
demoníacas, principalmente as mulheres, que dedicam suas
vidas a prejudicar e matar pessoas através de
feitiçaria e pactos demoníacos. A Igreja
Católica da época oficialmente afirmava que tais
bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram
reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho
eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um
Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que
declarar-se bruxo, confesso ao demônio; a lei dizia que
pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela
Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um
capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes
estereótipos da crença pagã: 'Se
alguém, devoto do Demônio, seguindo as
crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher
considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana,
deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo
assim receber a pena capital." Ano
906: Regino de Prum, O abade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi".
Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos
não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e
confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana embora
isto não acontecesse na realidade; o vôo, na
verdade, seria uma forma de alucinação. 975:
Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se
severas. O contricionário Inglês de Egbert
preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria ,
encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá
se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com
seus filtros, ela se absterá por sete anos." A
Abstenção consistia apenas de pão e
água. 1140:
Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei
canônica. 1203:
O movimento Cathar, um grupo de Cristãos
Gnósticos, tornou-se popular na região de
Orleans, França e na Itália. Eles foram
declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra
genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem
noticia foi queimado na estaca em 1321. 1227:
O Papa Gregorio IX propôs a Corte de
Inquisição para prender, confessar e executar
hereges. 1252:
O Papa Inocencio III autorizou o uso da tortura durante o processo de
inquisição. 1258:
O Papa Alexandre IV restringiu a Inquisição a
manter suas investigações à casos de
heresia. Não investigaram crença em
feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos. 1265:
O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura. 1326:
A Igreja autoriza a inquisição para investigar
casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o
desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem
diabólica da bruxaria e estudo dos demônios. 1330:
Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos
são aliados de Satã, tinham
relações sexuais com o demônio,
raptavam e comiam crianças, etc. 1347
a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma
porção considerável da
população Européia. 1430:
Teólogos Cristãos começaram a escrever
livros que "provavam" a existência dos bruxos. 1450:
A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. A
Igreja Criou uma imaginária religião do
Demônio, utilizando esteriótipos que circulavam
desde as eras pré-cristãs. Eles afirmavam que os
pagãos que cultuavam Diana e outros Deuses e Deusas eram
bruxos maus que raptavam bebês, matavam e comiam suas
vítimas, vendiam suas almas à Satã,
faziam pacto com o demônio, voavam, realizavam encontros
secretos à noite, causavam impotência e
infertilidade às pessoas, etc. Historiadores afirmavam que
estes genocídios religiosamente incitados foram motivados
pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos
(monopólio exclusivo), ou ainda como "uma ferramenta de
repressão, uma forma de guiar a massa para outras divindades
superiores, um joguete contra mulheres (eram desprezadas), ou um modo
para pessoas comuns de surrupiar colheitas pagãs, gado ou
justificar morte de bebês e crianças." Walter
Stephens, um professor da Johns Hopkins University, propõem
uma nova teoria: "Acho que os bruxos eram "bodes
expiatórios" de Deus." E ainda, o modo de explicar o mal no
mundo era atribuir a causa a bruxos e demônios. 1450:
Johann Gutenberg inventou a imprensa, facilitando a
propagação das leis da Igreja e aumentando a
insatisfação popular à imagem dos
bruxos; isto facilitou em muito a caçada às
bruxas.1474:
O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos.1480:
Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a
prossecução de um homem por bruxaria.
Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum
anos mais tarde. 1486-1487:
Inquisidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus
Maleficarum (O martelo das bruxas). Este é um fascinante
estudo destes autores que odiavam mulheres. Ele descreve as
práticas e condutas típicas para os bruxos, e
métodos para obter confissão, sendo
posteriormente abandonado pela Igreja. Entretanto este tornou-se a
"bíblia" destas cortes seculares que condenavam bruxos. 1500:
Durante o 14th século, constataram-se 38
acusações contra bruxos e feiticeiros na
Inglaterra, 95 na França e 80 na Alemanha. A caça
aos bruxos foi acelerada. "Pela escolha de conceder suas almas
à práticas demoníacas teriam cometido
crimes contra o homem e contra Deus. A gravidade deste duplo crime
caracterizado como "bruxaria" tornava o processo excepcional,
permitindo a suspensão de seus direitos de modo a punir por
sua culpa." Testemunhos de crianças foram aceitos. A tortura
largamente foi utilizada com a finalidade obter confissões.
A falta de consistência nas confissões
também foi aceita como prova de culpa. 1517:
Martin Luther fixou suas 95 teorias na porta da Catedral de Wittenburg,
Alemanha. Isto instigou a reforma Protestante. Nos Países
Católicos, as cortes continuavam a queimar bruxos. Em
Protestantes, eles eram enforcados. Alguns países
protestantes não admitiam a tortura. 1550
a 1650: Perseguições alcançaram seu
pico neste século. Estes foram chamados de "TEMPOS
ARDENTES." Foram muito concentrados no leste França,
Alemanha e Suiça. As perseguições
ocorreram com maior freqüência em locais onde havia
conflitos entre Católicos e Protestantes. Ao
contrário da opinião pública, os
bruxos suspeitos foram perseguidos pelas cortes - especialmente aqueles
envolvidos com feitiçaria maligna. Somente uma minoria
respondia às autoridades da Igreja. 1563:
Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as
crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis
Daemonum" (Queda das Almas), preconizava a não
existência dos bruxos, mas que Satan forçava que
eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre
tortura e violência e recomendava tratamento
médico ao invés de tortura e
execução. 1580:
Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que
era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria
ser liberto em caso de suspeita de culpa. Se o inquisidor esperasse por
evidências concretas, nenhum bruxo seria preso, acreditavam
eles. 1584:
Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu
tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes
sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas
não existiam. 1608:
Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute
pactos entre bruxos e Satã, a magia que os pagão
utilizam para prejudicar pessoas, etc. 1609:
Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La
Suprema, o corpo governamental da Inquisição
espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de
Silência que proibia a discussão sobre bruxaria. O
pânico da população desapareceu. 1610:
Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda,
provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563. 1616:
Uma segunda perseguição às bruxas foi
em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado
pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei
aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos. 1631:
Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta,
escreve "Cautio Criminalis". Ele condena as caçadas
à bruxos e perseguições em Wurzburg,
Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente
devido à torturas e não define a realidade. 1684:
Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria. 1690's:
Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca
caçada aos bruxos em Salem; um deles foi pisoteado devido a
ele não entrar em processo de confissão; alguns
morreram nas prisões, o restante foi enforcado.
Não houve novas perseguições na Nova
Inglaterra. 1745:
França cessa a execução de Bruxos.1775:
Alemanha cessa a execução de Bruxos. 1782:
Suiça cessa a execução de Bruxos. 1792:
A Polônia cessa a execução de Bruxos; o
último país da Europa que a realizava.1830:
A Igreja finda a perseguição aos bruxos na
América do Sul.
Rabiscado por † Bakana † ás 2:49 AM
